COMO IDENTIFICAR SE ESTÁ RECEBENDO UM
BOM COACHING
O
coaching é uma das melhores formas de desenvolvimento profissional que existem.
Ainda assim, muita gente duvida dessa modalidade de treinamento pessoal.
Isso ocorre porque as pessoas ou desconhecem o processo ou passaram por uma
experiência ruim com um picareta. Afinal, esse mercado se tornou um filão
lucrativo, atraindo muita gente despreparada para atuar como coach. Mas como
saber se você está diante de um bom orientador? Confira as dicas a seguir.
Sensação
de descoberta
Uma
forma de saber se você está diante de um bom coach é notar se ele faz perguntas
e dá feedback. Existe, porém, algo além disso. O processo pode ser doloroso ou
motivador: quando é motivador é coaching, quando é doloroso é só enganação. O
coaching é motivador porque o cliente descobre possibilidades onde antes só
enxergava velhas soluções, e isso traz uma agradável sensação de realização.
Mas como isso funciona?
Na
verdade, todos os que já experimentaram essa sensação de descoberta já sabem a
resposta de forma intuitiva desde a escola. Naquela época, ao ajudar um colega
com uma matéria, descobrimos que sabíamos mais do que pensávamos saber, pois o
ato de transformar pensamentos em linguagem nos faz “reinventar” o que já
sabemos. O mesmo ocorre em um processo de coaching. Mas isso acontece com todos
ou só é bom para alguns?
Processo
livre
O
coaching é uma escolha, pois o processo de reflexão e de transformação precisa
ser livre, e não submisso. No caso de processos de coaching organizados pelas
empresas, o patrocinador deve ficar atento se o executivo está passando pelo
processo realmente por livre escolha ou se está se submetendo com receio de
ficar “mal na foto”. No caso de o processo ser por livre escolha, os resultados
podem ser inúmeros, desde o aumento de autonomia, passando pelo desenvolvimento
de competências até a reinvenção do profissional. Tudo depende de até onde vai
a vontade de se aprimorar.
Ferramenta
e feedback: ruim
O
que vem acontecendo no mercado é o que chamo de “uma ferramenta e umas
feedbecadas”. O processo começa com a aplicação de uma ferramenta de análise de
perfil seguida de poucas reuniões de feedback. Um coach recém-formado
facilmente vende o processo, que é barato para a empresa, aparentemente, e
seguro para o coach, porque o receio de estar frente a frente com o cliente e
não saber o que dizer ou fazer fica camuflado pelo uso do relatório, que
promete avisar ao cliente em que ele precisa ser corrigido. A falácia é: se a
emenda não vem, o problema é o relatório ou o cliente que não soube aproveitar
o processo, e não o coach. Os executivos que passam por essa “feedbecada” não
mudam.
É
roubada quando…
O
processo é pré-formatado, por exemplo, com 12 sessões predefinidas e cada uma
abordar um assunto. Ora, é impossível formatar um processo de desenvolvimento
de pessoas de maneira rígida e inflexível. O resultado é que geralmente após os
encontros o coach vai embora e o coachee volta ao que era antes. Isso ocorre
porque o coach se arvorou a conhecer qual o melhor processo de desenvolvimento
para o cliente e, assim, traiu a principal premissa do coaching que é “só o
cliente sabe o que é melhor para ele”.
Como
escolher o coach
Se
você está buscando um coach, preste atenção à formação dele. Saiba, porém, que
só ela não é suficiente. Entreviste o coach e pergunte quem foi o supervisor
dele e quem foi seu coach. Se ele nunca “precisou” de um coach, cuidado. Será
que ele pensa que só precisa de coaching quem tem problemas e, portanto, ele,
coach, não precisa? Fique atento, pois esse não é o profissional que você
procura.
O
que ele deve saber
Um
coach não precisa ser um especialista, só precisa conhecer a técnica e suas
limitações. Ele não precisa conhecer o negócio, nem o segmento no qual a
empresa atua, mas precisa distinguir culturas organizacionais e entender que
nem tudo que é bom para o varejo é bom, por exemplo, para o executivo de óleo e
gás.
Só
para problemáticos?
Coaching
não é para os problemáticos, pelo contrário. É realmente voltado a quem quer ir
além do que é esperado dele, pois sente que tem potencial para se desenvolver.
É verdade que algumas vezes, apesar do coachee querer muito, o clima na
organização não o deixa seguro com relação à confidencialidade do processo,
acreditando que o que for dito para o coach vá chegar ao conhecimento do chefe,
que passam o processo todo fazendo teatro. Por isso, é importante que a empresa
informe ao coach os resultados que vêm sendo alcançados, pois fazer teatro o
tempo todo é impossível.
Peça
uma demonstração
Outra
forma de distinguir um bom coach de um ruim é solicitar referências e uma
demonstração. Até o RH que está contratando coaches para os executivos de sua
empresa deve solicitar uma demonstração. Se ao fim da conversa perceber que
descobriu uma resposta de valor, que não foi um conselho (o que seria
consultoria) nem um ensinamento (o que seria mentoring) do coach, então pode
contratar o profissional para a empresa. O coach não precisa conhecer o
negócio, mas precisa conhecer a técnica e suas limitações e distinguir culturas
empresariais diferentes
Fonte:
Portal Exame
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o mundo."
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