A autoafirmação em excesso
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Muitas pessoas precisam
se autoafirmar o tempo todo para os colegas de trabalho com o intuito de
mostrar poder e superioridade, mas, afinal, o que isso significa?
Duas possibilidades para este tipo de comportamento foram
levantadas por Stefania Giannoni, psicóloga,
Executive Coach, Especialista em Desenvolvimento de Pessoas e diretora da SLG Consultoria Empresarial, a pessoa que quer parecer
superior aos colegas, chamar a atenção para si, internamente pode denotar
insegurança. “A pessoa precisa provar que é boa, que é melhor do que os
outros, quando na realidade é possível que esta pessoa tenha baixa
autoestima. Este tipo de comportamento pode ser resultado de um complexo
de inferioridade, em alguns casos”, explica a psicóloga.
Além deste aspecto, outra explicação seria a de que a pessoa
quer fazer parte de um grupo que também age desta forma e, em função disto,
sente que é necessário ter este comportamento para conseguir ser aceita.
O maior problema se encontra quando o indivíduo começa a agir
desta forma em todos os lugares e não somente com aquele grupo. Em algumas
empresas existe a questão de que, muitas vezes, para alguém conseguir alcançar
um determinado nível, é necessário demonstrar que é o melhor, que tem boas
condições como, um bom carro, celular top de linha, roupas de marca, entre
outros.
“É normal quando a pessoa age assim em função do contexto
onde quer se inserir. Uma questão de sobrevivência quando aparência e certo
nível de status faz parte da persona necessária para o trabalho. É importante
manter uma mente equilibrada para não se deixar envolver demais por esse tipo
situação e não perder o controle da própria personalidade”, enfatiza a
consultora.
O que pode
acontecer com o profissional que possui este comportamento?
Este tipo de comportamento pode acarretar o isolamento do
profissional, pois alguns colegas de trabalho que não possuem o mesmo valor,
vão acabar se afastando e esta pessoa irá ficar em segundo plano, acaba se
transformando em alguém inconveniente, que os outros evitam ficar perto.
“O profissional também fica com aquele estigma de ser chato,
arrogante, ‘aquele que se julga superior’ o que pode atrapalhar na criação de
pontes de relacionamento e networking”, orienta a consultora.
Para amenizar a situação é ideal que algum colega, de uma
maneira muito delicada, converse com o outro sobre o seu comportamento
exemplificando o mal que isto acarreta à imagem profissional. “Isto seria o
correto. Se não é possível falar assertivamente, a melhor conduta é desviar o
foco, isto significa que quando a pessoa começar a se gabar, a exibir seus
feitos e proezas, nós mudamos de assunto, focamos a conversa em outro tema.
Provavelmente a pessoa vai começar a perceber que esta passando do limite e
vamos torcer para que ela mude o seu comportamento”, explica Stefania.
Para que esta pessoa não se prejudique no meio
corporativo a dica é ser mais prudente, comedida na exposição de suas
conquistas. Para isso torna-se necessário:
- Falar apenas quando alguém perguntar. Existe um dito
popular que diz “Quem tem, não mostra; quem é competente não precisa ficar
falando”. Julgo que desta forma, não precisamos ficar falando, as
pessoas vão perceber.
- Procurar não falar somente de suas conquistas, vitórias e
ganhos, pergunte sobre as conquistas do outro, valorize as pessoas que estão
próximas a você a sua chance de ter sucesso será muito maior. Um líder age
assim, compartilhando vitórias e reconhecendo os demais. Pensando assim, o
profissional irá colher muito mais frutos para a própria carreira, para a
empresa, angariando o apoio dos colegas de trabalho, através desse perfil
participativo de se comunicar e liderar.
"O
que VOCÊ FAZ
TRANSFORMA
o mundo."
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o mundo."
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