Você sabe o que está deixando de lado ao ser
impaciente? Talento!
Recentemente detectamos num
determinado cliente um padrão de comportamento bastante comum a todos os
executivos: impaciência crônica. Diversos processos de coaching que estavamos
aplicando convergiam portanto para a mesma necessidade: o desenvolvimento e
aprimoramento dessa habilidade tão essencial à saúde organizacional – a paciência.
As
manifestações comportamentais apresentadas pelos gestores eram as mais
variadas: agiam antes da hora, não toleravam um ritmo lento ou os processos
desajeitados dos demais, não investiam tempo para ouvir ou compreender,
pensavam que quase tudo tinha de ser feito mais depressa e em menos tempo,
interrompiam os moderadores das reuniões com sua necessidade de terminar sempre
antes, também interrompiam e terminavam frequentemente as frases dos outros e,
muitas vezes, faziam suas próprias regras (não esperando pelo
consenso coletivo). Alguns eram considerados egôcentricos (do tipo “faça
do meu jeito e no meu ritmo”), outros davam a impressão de serem arrogantes,
desinteressados ou mesmo o clássico perfil “sabe-tudo”. Alguns eram orientados
para a ação e opunham resistência à complexidade dos processos e problemas,
outros precipitavam-se para conclusões em vez de refletir sobre os assuntos.
Veja,
muitas pessoas têm orgulho de dizer que são impacientes pensando que isso é
sinônimo de alto desempenho e orientação para resultados. Isso é verdade apenas
de vez em quando, principalmente quando os resultados estão atrasados ou os
padrões são relaxados. Porém, em muitas situações, a impaciência é uma máscara
para outros problemas e tem consequências sérias no longo prazo. Leva ao
gerenciamento excessivo, a não desenvolver os demais, a canalizar apenas as
suas soluções na organização, a monitorar demais e – finalmente – a afastar as
pessoas com a sua falta de tolerância.
Se
assim como eles, você se encaixa nesta descrição, compartilhamos a seguir
algumas dicas fundamentais para iniciar uma jornada de transformação pessoal
que neutralize esse tipo de atitude, permitindo a paciência aflorar numa
proporção mais adequada:
1. Ouça ativamente.
Sujeitos impacientes interrompem, terminam a frase dos outros quando estes
hesitam, pedem para as pessoas que se apressem, solicitam que pulem alguns
slides e cheguem logo à conclusão da apresentação, insistem para os outros não
façam rodeios, etc. Todos estes típicos comportamentos de aguém impaciente
deixam os demais intimidados, irritados, desmotivados e frustrados, resultando
em interações incompletas, relações danificadas, uma certa sensação de
injustiça e humilhação durante todo o processo de comunicação. E tudo isso para
quê? Para economizar alguns minutos preciosos do seu tempo? Fala sério!
Adicione já 5 segundos ao seu tempo atual de “reação/ interrupção” até que pare
de se comportar assim na maior parte do tempo. Aprenda a pausar para dar uma
segunda chance aos demais. Conscientize-se: as pessoas geralmente se
perdem nas palavras quando estão falando com alguém impaciente, apressando-se
antes da primeira ou da próxima interrupção.
2. Atente para os
sinais não verbais. Obviamente os sujeitos impacientes dão
sinais de falta de paciência durante seus discursos e suas atitudes, mas também
sinalizam isso de forma não verbal. Sobrancelhas cerradas, agitação corporal,
dedo ou lápis batucando na mesa e, para completar, olhares furiosos. O
que você pode fazer? Pergunte aos colegas em que mais confia quais são seus 5
sinais de impaciência mais frequentes. Trabalhe neles a fim de neutralizá-los.
3. Cabeça-fria.
Sempre. Os sujeitos impacientes querem tudo para ontem. Ou melhor,
anteontem. Não querem esperar. As vezes a falta de paciência vira perda de
compostura. Quando as coisas não andam na velocidade desejada, tudo acaba num
maremoto emocional. Acesse o post “Lidando com as ameaças: 10 dicas
para não perder a compostura” para se aprofundar nesta dica.
4. Identifique
quem o deixa impaciente. Algumas pessoas provavelmente o deixam
mais impaciente do que outras. Quem são elas? O que fazem que o deixam nesse
estado? Será o ritmo? O idioma? O raciocínio? O sotaque? Esse conjunto de
pessoas pode incluir quem você não gosta, quem “viaja na maionese”, quem
reclama ou mesmo quem bate na mesma tecla tentando defender coisas que você já
deixou para trás. Treine mentalmente algumas táticas para se acalmar antes de
uma reunião com elas. Tente entender suas posições sem julgá-las (deixe
isso para mais tarde). Faça com que essas pessoas se concentrem nas questões a
serem discutidas, não permita que saiam do tema central. Se for necessário,
interrompa para resumir e dar a sua opinião. Tente treiná-las para que se
tornem mais focadas e eficientes da próxima vez que interagirem contigo (mas
sem prejudicá-las durante o processo).
5. Vigie de perto
a sua arrogância. Quem possui uma qualidade que o destaca dos demais ou alcança
um patamar significativo de êxito infelizmente recebe menos feedback e portanto
continua passando por cima dos demais até a sua carreira correr sério perigo.
Se você é arrogante e desvaloriza quem tenta ajudá-lo, sinceramente deveria
fazer um esforço redobrado para interpretar e ouvir os demais. Não precisa
assimilar tudo, basta ouvir antes de reagir. Afinal, precisa acabar com com a
atitude do “o que eu quero/penso” e passar a se perguntar: “O que eles estão
dizendo? Como estão reagindo?”
6. Invista na
receptividade / accessibilidade. Sujeitos impacientes não
recebem tanta informação quanto aqueles que ouvem ativamente. E gralmente se
surpreendem com os acontecimentos que os outros já previam. Não é de se
estranhar, afinal as pessoas hesitam ao falar com quem é impaciente. É muito
difícil. Elas não falam com os impacientes sobre seus pressentimentos,
pensamentos inacabados, hipóteses e possibilidades. Portanto você ficará de
fora e não terá acesso à dados importantes que precisa para se tornar mais
eficaz… Não julgue as comunicações informais. Apenas as receba. Mostre
que entendeu. Faça uma ou duas perguntas. E acompanhe o caso mais tarde.
7. Desacelere. Os
demais nem entenderam direito o problema e os impacientes já estão dando
respostas, soluções e chegando a conclusões muito cedo. Dar soluções de
forma acelerada fará com que os demais fiquem dependentes e irritados. Se você
não ensiná-los a como pensar e como encontrou uma solução tão rapidamente, eles
nunca vão aprender. Não se apresse para definir realmente o problema. Não
despeje as soluções impacientemente. Faça umbrainstorming para descobrir quais perguntas
precisam ser respondidas para resolver o problema. Dê ao seu pessoal a
tarefa de pensar sobre o assunto durante um dia e voltar com algumas soluções.
Seja um professor e não um ditador de soluções. Invista no autoconhecimento.
Faça um diário sobre o que causou o seu comportamento e quais foram
as consequências observadas. Aprenda a detectar e controlar seus
desencadeadores (antes de ficar em maus lençóis).
8. Pare de
fiscalizar frequentemente. Os impacientes verificam
tudo com muita frequência. Como estão as coisas? Já terminou? Vai terminar
quando? Deixe-me ver o que já fez… Isso é um inconveniente para o devido
processo e desperdiça tempo. Quando distribuir uma tarefa ou atribuir um
projeto, estabeleça pontos de verificação prévios. Você também pode criar
pontos de checagem com base no percentual do trabalho concluído. “Venha falar
comigo quando concluir 25%, assim podemos fazer correções no meio do caminho e
depois quando concluir 75% para fazermos as correções finais”. Deixe-os
descobrirem como fazer a tarefa. Segure-se para não verificar o trabalho fora
do cronograma e dos percentuais estabelecidos previamente.
9. Deixe os demais
resolverem. Olhe mais para as soluções dos demais. Provoque discussões e
divergências, receba as más notícias de braços abertos e peça para os demais
apresentarem a segunda e terceira soluções que encontraram. Um truque útil é
atribuir questões e perguntas antes mesmo de pensar nelas. Duas semanas antes
de tomar uma decisão, peça para o seu pessoal examinar uma questão e dar um
retorno dois dias antes de você ter que lidar com o assunto. Dessa maneira,
você ainda não terá nenhuma solução. Isso motiva bastante o pessoal e o faz
perecer menos impaciente.
10. Não transforme
a falta de paciência numa barreira para o desenvolvimento de sua equipe.
Descubra como as pessoas realmente se desenvolvem. Com a sua impaciência, o
mais provável é que você não vai desenvolver nenhuma habilidade nos demais, já
que o desenvolvimento não funciona em curtos períodos e com uma supervisão de
perto. Como você verá no post “Acima e avante! Desenvolvendo os
colaboraderes diretos”, tarefas desafiadoras, dar feedback durante o
percurso e incentivar o aprendizado são pontos primordiais. Pessoas impacientes
raramente desenvolvem os demais.
Fonte: room4d
http://www.facebook.com/pages/FCOV-Assessoria-Consultoria-em-Recursos-Humanos-Ltda/275515715834101
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o mundo."
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