Como ter ideias inovadoras?
Existe um ditado que diz que
“quem não é visto, não é lembrado”. O problema são os adeptos deste pensamento
que se esquecem que não se trata apenas de aparecer, e sim de como fazê-lo. Os
produtos, estratégias e modelos de negócios ficam, naturalmente, desgastados ao
longo do tempo em função de mudanças de mercado e, neste contexto, a inovação é
um antídoto para a obsolescência, é o movimento que abre novas possibilidades e
garante competitividade para uma empresa (e para a vida profissional), antes
mesmo que venham a necessitar.
Segundo Maximiliano Carlomagno, mestre em
administração de empresas e autor do livro “Gestão da Inovação na Prática”, na maioria das empresas o gene da
inovação é recessivo. “Elas foram feitas para serem previsíveis. Tudo aquilo
que ajuda a empresa a ser eficiente (reduzir erros, padronizar, controlar, ser
avessa a riscos) ao mesmo tempo reduz a capacidade de inovar. O desafio
consiste exatamente em administrar esses dois sistemas simultaneamente”, conta
Carlomagno.
Por que inovar é tão difícil?
A
inovação não é uma coisa a “surgir”. Ela depende de processos, de variáveis e
parâmetros cujo conhecimento permite concebê-la como um processo racional,
mensurável e gerenciável.
Não
há como ter 100% de certeza se uma ideia dará certo. É preciso dominar a
capacidade de experimentação, identificar as principais incertezas de suas
ideias logo cedo, testar tais incertezas e errar o mais rápido possível para
evitar grandes prejuízos.
“Esses
erros são a essência do aprendizado, a partir deles podemos desenvolver
atitudes inovadoras. Além disso, claro que é possível também fazer um bom
estudo de mercado e viabilidade para análise de potencial”, observa o mestre em administração de
empresas.
Entretanto,
é sempre importante registrar que inovação é diferente de invenção. A
invenção é caracterizada pela criação de uma ideia potencialmente geradora de
benefícios comerciais, mas não necessariamente realizada especificamente em
forma de produtos, processos ou serviços.
“A
invenção torna-se inovação quando é implementada e, consequentemente,
comercializada. A inovação é a invenção que encontrou uma utilidade prática e
demanda do mercado. É quando o protótipo se transforma em produto
comercializável”, explica o consultor de Gestão de Pessoas, Robson Vitorino .
Dicas de inovação
Para
quem ainda não sabe identificar oportunidades na hora de inovar, os
especialistas Maximiliano e Robson Vitorino dão algumas dicas:
1. Inovação
para as empresas
•
Tenha clareza do que é inovação para sua organização;
• Alinhe as iniciativas de inovação com a estratégia da empresa;
• Incentive os colaboradores para inovar;
• Defina um processo de captura e tratamento de idéias;
• Explicite quem é responsável pelo quê nas inovações;
• Aproveite o relacionamento com clientes, parceiros e fornecedores;
• Tenha um recurso específico para projetos inovadores;
• Ofereça treinamento em ferramentas e técnicas de inovação para os seus colaboradores.
• Alinhe as iniciativas de inovação com a estratégia da empresa;
• Incentive os colaboradores para inovar;
• Defina um processo de captura e tratamento de idéias;
• Explicite quem é responsável pelo quê nas inovações;
• Aproveite o relacionamento com clientes, parceiros e fornecedores;
• Tenha um recurso específico para projetos inovadores;
• Ofereça treinamento em ferramentas e técnicas de inovação para os seus colaboradores.
2. Inovação para os profissionais
Abandone a “cultura do especialista” - O especialista é aquele
profissional que é obrigado a ter respostas para tudo, baseado em sua
experiência, ou seja, know-how. A tendência é que o especialista sempre busque
soluções já conhecidas. A inovação é fruto do cruzamento de informações obtidas
e armazenadas em sua mente. Permita-se estudar outras disciplinas que não se
relacionem diretamente com a sua, por exemplo, se você é um advogado ,
estudo algo sobre física. Essa prática é altamente benéfica para “pensar fora
da caixa”
Menos “Eu” e mais “Nós” - Estamos na era da
informação e do conhecimento. O resultado do conhecimento coletivo é
riquíssimo. Quando compartilhamos conhecimento no ambiente de trabalho, estamos
colocando à disposição da imaginação bibliotecas variadas de cultura,
aumentando a probabilidade de desenvolvimento de soluções inovadoras. Mas para
isso é preciso adotar a consciência de sucesso coletivo. Caso surja algo
inovador lembre-se de dar os créditos valorizando cada pessoa que contribuiu
para a solução inovadora. Caso contrário você poderá sofrer do efeito
“knowledge bullying”, ou seja, um bullying do conhecimento, passando a ser
privado propositalmente de conhecimento circulante na empresa;
Amadureça as ideias - Tem gente que reclama
que as ideias nunca são aceitas. Tem gente que fica rotulada como aquela que
nunca acrescenta e sempre chuta pra fora nas reuniões de trabalho. Com a
exceção das reuniões de braistorming, aprenda a registrar ideias potenciais e
amadurecê-las. Aprofunde a sua pesquisa antes de expor uma ideia para alguém. Verifique
se o que irá propor já não foi proposto e certifique-se dos benefícios que irá
gerar e a quem irá beneficiar. Os projetos inovadores são como sementes,
precisam ter a sua fase de crescimento respeitada para que dê os frutos na
época correta;
Aprenda a questionar as verdades absolutas - Paradigma é
literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. Inovar
passa por questionar paradigmas criando um novo modelo mais eficaz. É preciso
ser autêntico para superar a baixa autoestima que ronda a mente. É preciso
abstrair o medo da rejeição. Um exercício prático para isso é habituar-se a
formular a seguinte pergunta “Por que não?”;
Seja e permaneça autêntico - As empresas já estão
cheias de pessoas com comportamentos “politicamente corretos” e comportamento
altamente resistente às mudanças. Mudança gera insegurança, ruptura com o que é
conhecido e aliança com o desconhecido. As empresas inovadoras buscam pessoas
autênticas com alto nível
Fonte: Portal Carreira &
Sucesso
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